Ordo Fratrum Minorum Capuccinorum PT

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updated 4:57 PM UTC, May 7, 2024

Encontro de novos ministros

  • Publicado em Eventos
  • Data:  - 
  • Luogo: Itália, Frascati, Via Cardinal Massaia, 26

A figura e o papel do Ministro Provincial

Fr. Štefan Kožuh, Vigário Geral

Quando alguém inicia um novo ministério normalmente procura fazê-lo com entusiasmo e confiança, talvez com certa ilusão, também. Papa Francisco – imediato no seu ensinamento – nos propõe um método seguro para o caminho de animação dos irmãos: "olhar o passado com gratidão, viver o presente com paixão e abraçar o futuro com esperança". Com estes três pensamentos e com a fidelidade criativa ao nosso carisma seremos capazes de guardar e frutificar amavelmente o patrimônio espiritual da nossa Fraternidade.

Qual, é, em síntese, este nosso "patrimônio espiritual?" " A fraternidade e a minoridade são ao aspectos originários do carisma que o Espírito nos doou; estes formam também a dimensão contemplativa e apostólica da nossa vocação. Dóceis ao mesmo Espírito, empenhemo-nos a viver em plenitude este ideal evangélico."

A tarefa do Ministro provincial/custódio é viver, guardar e frutificar o nosso ideal evangélico. Um dever exigente e complexo!

Quando fui Ministro provincial, após aquele "sim, aceito", procurei renovar meu firme propósito: " confio no Senhor!" Porém, naquele início do ministério aos irmãos da província senti o dever de acrescentar também:" confio nos irmãos!". O Ministro é chamado a ser antes de tudo um homem de fé em Deus e depois também homem de confiança nos irmãos. "Caminhemos na humildade para a prender a sermos irmãos, sempre levados pelo espírito de mútua compreensão e de estima sincera. Cultivemos o diálogo entre nós, comungando com confidência as nossas experiências e manifestando-nos as nossas necessidades."

O nosso servir aos irmãos na versão "vigiar com ternura", como nos exorta Papa Francisco, deve ser vivido num contínuo êxodo do AT ao NT, do Sinai ao monte das Bem-aventuranças, isto é, da Lei ao Amor gratuito, do dever aos querer, do administrar ao animar.

Gostaria gora que, cada um de vocês neste momento trouxesse à memória o fato de ter sido eleito, isto é, chamado a prestar este serviço. Do fato óbvio de que "o Senhor me deu irmãos" deduz-se também a verdade que foi o próprio Senhor que, através dos irmãos confiou-me este encargo de vigiar com ternura e observar fielmente "a regra e a vida dos frades menores, ou seja, observar o santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem nada de próprio e em castidade."

A firme consciência de ter sido escolhido por Deus através dos irmãos como "primeiros animadores e guardiães da nossa forma de vida", constitui um estímulo forte para o nosso ser e agir. Não se pode trair a confiança, nem podemos desiludir aqueles que nos deram crédito. Desta consciência nasce a gratidão e o desejo de corresponder com generosidade. O melhor modo para honrar a confiança é aquele de encarnar as indicações das nossas Constituições que nos dizem: " os ministros, que são servos dos frades a eles confiados e dos quais deverão prestar contas a Deus, lhes sirvam humildemente. Acolham o serviço fraterno como graça. Não exerçam a autoridade como patrões, mas presidam suas fraternidades na caridade com alma generosa e façam-se de boa vontade, modelo para os outros frades, administrando a eles e o espírito e a vida com o exemplo e coma palavra." E ainda: "Os ministros precedam os frades na vida fraterna e no observar a Regra e as Constituições e com a audácia da caridade os motivem a observá-las."

Tomado da relatório para a reunião dos novos ministros, Frascati 2015

Última modificação em Quarta, 24 Junho 2015 16:41
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